terça-feira, 9 de setembro de 2008
Tempo Passado
E a noite vem e o dia tarda,o instante passou,
Deixando marcas de eternidade.
Amanhã será um novo dia, e já é um outro dia,
Nada permanece além do teu vulto silencioso.
Então o vencedor jaz vencido, não há horizonte,
Perspectiva ou conforto.
Boio a esmo, tudo aqui é oco.
Bruxas soturnas rodam o quintal,
Hipnotizadas numa orgia surda
Abrem o abismo; os santos adormecidos
Acordam espantados, noutra dimensão.
Seres hediondos desafiam a leveza
Do horizonte de chumbo.
Um anjo chora. E a treva vencedora
Se levanta no vazio da cidade.
O encontro é impossível e a distância é certa,
A derradeira porta se fecha atroz.
As coisas se confundem no vazio,
Talvez algo em mim sejamos nós.
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Leandro M. de Oliveira,
Poesia
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3 comentários:
s2
Perfeito... esse é seu???? Caramba... muito do que eu estou pensando agora... Amei!!!
Bjins, Lelé.
Karina Porto Firme
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