Um dia, em Delfos, alguém perguntou a Sócrates:
- Mestre, que é saber ?
-Que é não saber?
-É conceber verdades mais altas que não interessam à maioria das pessoas.
- Eu te respondo: é o transcendente, considerado utópico.
- Ao conhecimento de si mesmo.
- A miniatura de Deus, por assim dizer.
- A luz mais profunda da sabedoria, digo melhor, da própria vida.
- Respondo com outras palavras, sem pretensão de dizer tudo: saber mesmo constitui mergulho no silêncio, que é música, a música que só pode e só deve ser sentida, e, nunca definida ou formalizada.
- Sendo tu mesmo, isto é, reassumindo tua função no Universo, comunicando naturalmente na linguagem inarticulada do amor em ação, que vale a pena viver dando o melhor pela felicidade de todos.
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Nota: Perceba-se que na concepção socrática o termo "Deus" surge como um estado interior do homem, e não como ser a que se busca externamente, sendo assim, uma visão avessa à apresentada pela tradição religiosa ocidental, sobretudo a cristã. (Não é de se admirar que tenha morrido por isso...)
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