segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Acerca de metalinguagem e reflexão da arte

"Marcel Duchamp"


(...) Aquilo que revelo
e o mais que segue oculto
em vítreos alçapões
são notícias humanas,
simples estar-no-mundo,
e brincos de palavra,
um não-estar-estando,
mas de tal jeito urdidos
o jogo e a confissão
que nem distingo eu mesmo
o vivido e o inventado.
Tudo vivido? Nada.
Nada vivido? Tudo.
A orelha pouco explica
de cuidados terrenos:
e a poesia mais rica
é um sinal de menos.

*Drummond de Andrade

Um comentário:

Monica disse...

"Amor é o que se aprende no limite
depois de arquivar toda ciencia
herdada,ouvida.

Amor começa tarde..."

C. D. de Andrade