Nasces do momento em que sinto
Consciente a verdade de estar só,
Nasces do deserto de mãos e braços,
No espaço do que separa o encontro,
No limiar entre glória e não existir.
Companheira de alma sempre estás;
No vazio das noites vazias
No soturno dos sepulcros amaldiçoados...
Eu morrerei para essa vida e renascerei
Em outra forma.
Tu não estarás mais a meu lado
Naquele lugar inundado de luz,
Não há concessão à tua treva.
Deixarei nossas noites
Pelos mil sóis que hão de porvir.
Tombarei em frente ao novo altar,
Me entregando a um choro sem memória.
Renego a sensação de em tua rota
Ser a esmo
E quando meu corpo estiver depurado,
Dessa andança sem termo
Poderei enfim,
Desfolhar o infinito encontrando cores novas.
*Porto Firme, Sexta-feira 10 de abril de 2009, 03:08hs
**Eu não posso evitar que caminhada fira teus pés, mas posso ungi-los com meu bálsamo para que as dores pareçam menos agudas...
2 comentários:
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