quarta-feira, 14 de outubro de 2009
No Mar
Das torres de areia e silêncio
Uma mulher se ergue no espaço,
Abraça a cal do tempo. Ama só
E murmura à espera do encanto.
Líquida como a água,
Arcaica como o sonho.
De sangue e carvão verte as veias,
Chora a desventura, ri do que vem.
“- O mar sou eu”. Remota feito tempo,
Mira o rosto ao firmamento; nada vê...
Nas agruras da chuva que não vem,
No inconstante das ondas caudalosas.
Sem reposta ou esperança
Dissolve a vista que erra a esmo,
Abre o peito, resiste à dor.
Pra um dia se encontrar e morrer,
De uma vez ir e se perder,
Na promessa de um mar sem termo.
*Leandro M. de Oliveira
**A você Cris, mais uma vez minha amizade e meu zêlo. Que o mar se abra pra que possamos fazer a travessia derradeira.
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Leandro M. de Oliveira,
Poesia
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4 comentários:
Oi Leandro..."No mar" é tão
bonito,que chega dar um dor
no coração...
A arte da Cristina é especial!
a possibilidade do mar se abrir,
me levou ao Êxodo...
Vou anexar no seu email,
uma imagem de bom dia!
um abraço,
Monica
Olá Monical, mais uma vez obrigado pelas palavras e pelo carinho.
Cheguei, agradeço desde já a tua visita ao meu blog e o convite para cá vir ter!
E em boa hora... muitos parabéns pelo espaço maravilhoso que tens aqui, MAR(avilhosa) forma como escreves!
Até breve!
Oi Leandro
Olha eu sou fã dos cantores mineiros como Flavio Venturini,Lô Borges,Beto Guedes e João Bosco que inclusive fui em vários shows dele por aqui,e que viajo quando ouço Corsário.
Falar de minas e dos mineiros é bom de mais da conta.
Espero que tenha um ótimo Fim de semana!
Bjs
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