Ando nostálgico, perdido no redondo escuro,
Das coisas passadas e do eu-passado
Procuro imaginar-me, redefinir-me, subindo
Ao cume das terras altas onde o ar é mais denso.
Retesado como quem vislumbra ou deseja
Espero silente o início do novo tempo.
Eu venho daquele pântano dissimulado,
Eu pertenço a lugar nenhum.
Vejo Deuses no exílio de antigas eras,
Vejo guerreiros amaldiçoados
Vagando a esmo em zonas fantasmas.
Que torpor é esse que me invade o siso?
Qual caminho levou à perdição?
O sentir é um lugar, um estrangeiro
Em mim, que não pode ser repatriado.
Não há mais ânimo de guerra,
Nem tambores de triunfo, tudo se foi...
Depositei num abismo a esperança,
A força, o escudo, a lança.
As vozes de outrora falam aos ouvidos
Numa linguagem hedionda, não compreendo
Aquela legião de Anjos Caídos.
A vida escorre, a mata morre; eu, continuo...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Espasmo
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Leandro M. de Oliveira,
Poesia
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Um comentário:
Continue sim... caminho certo ou não, faz bem!
Bjins,
Karina Porto Firme
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