sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Os Doze Trabalhos

III
A esmo de um poente esquecido
Corpos se contraem involuntários.
Onde mapas são dissolvidos por marés,
Pessoas dialogam com as estrelas
Utilizando o astrolábio torpe da imaginação.

Nessa jornada às origens
O lembrado é esquecido,
E o real, fragmento de não lembrança.
Nesse hemisfério só o mar insiste,
Ele e sua presença uterina.

Liquefazer um corpo sólido,
Descobrir no músculo que retrai
Uma torrente fluida.
Abraçarei o peso dos oceanos
Como pudesse encontrar a passagem,
Nada há de mais úmido
Que o sonho perdido antes de seu tempo.

*Leandro M. de Oliveira

Um comentário:

Van disse...

Simplesmente lindo sempre ! Quando puder visite meu cantinho...estou com novos poemas lá...

Grande Beijo !