sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os Doze Trabalhos

I

Nesse lugar esquecido
Onde se vive sem sentir
Pessoas morrem de alma inacabada.
Deixarei as carnes repartidas
Em memória ao soldado desconhecido,
Um ponto branco ao negrume do mar azul.

Pegadas fugidias na areia
Minha tresloucada memória,
A química não explica a cal da vida.
Só o que persiste,
É um bosque inocente
Cem mil peitos abertos,
E a fome de devorá-los
Como em um incêndio criminoso.

Lida incomum essa que fora herdada,
Fazer no desespero a calmaria,
Vistoriar o chão
Sem saber como umedecer a terra.
*Leandro M. de Oliveira

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