quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os Doze Trabalhos

II

Um tempo que jamais pôde existir,
Pássaros e bússolas atordoadas.
Com a hostilidade do ar
Reinvento o teu peito no horizonte,
Vacante e imenso
Como fora esse sonho acontecido
No recôndito da mais pura verdade.

Dar aspecto às coisas inconcebíveis,
Apreender uma matéria longínqua
Ao modo dos que amam sem reservas.
O céu é uma escultura de chumbo
Porque o oxigênio é o mais imprevisível dos metais.

Suspirar como quem devora
Voar como a alma tivesse mãos e olhos.
Pintar as asas do grifo,
Espalhar cores de borboleta pela casa.
Onde adormecem os anjos?
Lá, muito além da suposição herdada.

*Leandro M. de Oliveira

3 comentários:

Van disse...

Cada vez que leio um texto teu é como uma viagem pelas paragens mais distantes e mais doces dessa vida, meu amigo !

Não sei porque você passa tanto tempo entre uma poesia e outra, deveria retornar aqui e nos presentear mais vezes.

Eu vou, daqui há algumas semanas, começar a publicar textos de colegas de Blog lá no meu canto de versos o Universidade de Sentidos (poesias)e gostaria, imensamente, que você me mandasse algo seu para que eu pudesse publicar lá com os devidos créditos é claro !

Mande ao meu e-mail : vanessaaugusto11@hotmail.com se você me der a honra para que eu possa enfeitar meu espaço com tuas lindas palavras.

Agradeço muito e estou sempre aqui. Grande Beijo.

DÉIA disse...

Adoro escrever poesias também, por isso vim até o seu espaço e gostei muito do que li por aqui tenho um blog Tb gosto d++ de poemas. E estou te seguindo Tb se VC puder da uma passada La no meu blog...Bejs déia.........
Esse é o link do meu blog
http://wwwdeiablog.blogspot.com/

DÉIA disse...
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