Mantém a tua mão
No rigor das dunas
Andar no arame
Não é próprio de desertos
Cruza sobre mim
As pontas do vento
E orienta-as a sul
Pelo sol
Mantém a tua mão
Perpendicular às dunas
E encontra o equilíbrio
No corredor do vento
A nossa conversa percorrerá oásis
Os lábios a sede
Quando saíres
Deixa encostadas
As portas do Kalahari.
*Paula Tavares
domingo, 4 de abril de 2010
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