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A isto ou aquilo, me vem o tudo,
Perdido ao não de todos os sins,
Talvez tudo seja mesmo nada.
Falar, comer, chorar, amar,
Tão somente reinterpretações
Da peça tantas vezes encenada...
Se o tempo é não linear,
As coisas vão e tornam a vir,
E na intangibilidade dos eventos
Diferença não há entre o eu-ter-sido
Que seja aparente no eu-vir-a-ser.
Ademais reside o silêncio tumular,
Ou o grito desesperado do ego
Que sem saída à pretensão,
Em transe luta a esmo de si
Inventando salas, janelas e fulgas.
Passado, presente, futuro,
Nada além de um uni-desencontro
Dentro desse todo simultâneo, ou
Um desaranjo no estômago
Que impede a práxis da vida.
Eu a divagar...
Pensando progredir em alguma parte
Mantendo os pés enterrados ao chão.
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