sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Do natal e outros engodos

Nessa época do ano onde há uma febre de falsa fraternidade e histeria coletiva patrocinada pelo nascimento de Jesus, desse feita, creio como válido considerarmos a outra parte da história, a sujeira por debaixo do tapete que todos os padres, pastores e homens santos escondem ao longo dos tempos. Jesus não é o messias, na verdade ele não representa mais que uma das versões da história que fala de um deus solar, um messias da luz. O único fato comprovadamente histórico que levou à prosperidade da sua lenda, é a publicidade patrocinada pelo império romano que impôs o cristianismo como dogma oficial e uma vez que esse império dominava cerca de 80% do mundo civilizado, não é difícil imaginar o por que da sua propagação.

O natal é uma festa essencialmente pagã onde se celebra o dia mais longo do ano ou o dia em que o sol permanece mais tempo no céu, nada mais que isso. Roma através da igreja católica incorporou essa celebração para os novos convertidos que na verdade e no princípio nem sabiam do que se tratavam os evangelhos. O vírus se espalhou, e o inconsciente coletivo foi contaminado. Objetivamente não tenho nada contra isso, a única coisa que me entristece é a ilusão e o fosso social que o natal fomenta num contexto capitalista como o nosso. Quando tudo é reduzido a troca de presentes e ceias fartas quem nada tem é mais uma vez excluído e essa exclusão dói mais que qualquer outra porque em alguma medida é patrocinada pelo deus ao qual prestam culto. O homem evoluiu e a construção de um legado para a humanidade do futuro passa necessariamente pelo abandono das sombras míticas do passado. É bonito, é poético, mas muitas vezes, senão todas, é mau intencionado.

A respeito da idéia de Jesus como uma das versões do mito do deus solar, abaixo seguem três vídeos que ilustram isso. Feliz solstício a todos.



*Leandro M. de Oliveira

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