Outro ano faz, tempo Surdo, cego, mudo, Agudo. De ter na mente O éter que não se sente, Apartado assim, um sei quê Não sabendo de mim.
Cronos persiste algoz De tudo quanto hesita.
Mais tarde será tarde, E aqui, assim tardiamente A porta por demais entreaberta. A mão sombria tateia no ermo O séquito do corpo jaz perdido. Um carinho passa furioso por nós, Pra morrer de cansaço tempos atrás. Estar em si é pesado como chumbo. Tempo alado dos dias calados, Onde estás, a não ser na suposição? *Leandro M. de Oliveira
Ora as lembranças de amor não constituem exceção às leis gerais da memória, também elas regidas pelas leis mais gerais do hábito. Como este enfraquece tudo, o que melhor nos recorda um ser é justamente o que esquecemos (porque era insignificante e lhe deixámos assim toda a sua força).
Por isso é que a melhor parte da nossa memória está fora de nós, numa aragem pluviosa, no cheiro de um quarto fechado ou no cheiro de uma primeira labareda, em toda a parte onde encontramos de nós mesmos o que a nossa inteligência, por não o utilizar, pusera de lado, a última reserva do passado, a melhor, aquela que, quando todas as nossas lágrimas parecem esgotadas, nos sabe ainda fazer chorar.
Aos parceiros do "Duelos Literários" os gestos do meu mais profundo agradecimento.
Friedrich Nietzsche
"Aquele que não quer ver o que é elevado num ser humano olha com tanto maior acuidade para o que é nele baixo e superficial - e com isso denuncia a si mesmo."
Porto Firme - MG
Uma cidade não é grande por seu tamanho, riqueza ou história, a medida das cidades é a do espaço que conseguem ocupar em nossos corações...
Neruda
"Yo me voy. Estoy triste; pero siempre estoy triste. Vengo desde tus brazos. No sé hacia dónde voy. Desde tu corazón me dice adiós un niño. Y yo le digo adiós..."